Portugal duplicou população com formação superior na última década

O número de pessoas residentes em Portugal com formação superior quase duplicou na última década, representando já cerca de 12 por cento da população, segundo os resultados provisórios dos Censos 2011, hoje divulgados.

Durante a apresentação dos dados, a presidente do Instituto Nacional de Estatística (INE), Alda de Caetano Carvalho, sublinhou as “duas variáveis” que nos últimos dez anos representaram uma “evolução mais rápida do que era previsto”. Numa espécie de anúncio de uma boa e de uma má notícia, Alda Carvalho falou no envelhecimento da população e no aumento do nível de escolaridade.

“O nível de ensino da população residente regista progressos significativos ao longo dos últimos 30 anos”, resumiu, por seu turno, o coordenador do Gabinete dos Censos, Fernando Casimiro. No caso do ensino superior, “entre 1991 e 2011 o número de pessoas com formação superior aumentou quase um milhão”, uma vez que em 1991 eram 284 mil, em 2001 eram mais de 674 mil e em março deste ano já passavam 1.262 mil. Ou seja, só nos últimos dez anos, o número de licenciados duplicou. Os alunos que terminaram o ensino secundário também duplicaram nos últimos 20 anos, passando de 643 mil no início da década de 90 para os atuais 1.363 estudantes.

No total, cerca de 12 por cento da população tem formação superior e 13% possui o ensino secundário completo, 16% tem o 3º ciclo e 13% o 2º ciclo. Mas é a tradicional 4º classe que reúne a maior percentagem da população: uma em cada quatro pessoas tem apenas o ensino básico. Em Portugal, 19% da população permanece sem qualquer nível de ensino. As mulheres predominam no ensino superior, mas também no grupo “sem nível de ensino””, lembrou Fernando Casimiro, associando este fenómeno aos casos das mulheres mais idosas que nunca chegaram a frequentar a escola. Numa comparação de sexos, as mulheres representam 61 por cento de todos os licenciados e os homens predominam no 2º e 3º ciclo do básico.

O aumento de estudantes universitários registou-se em todos os municípios do país e, no caso do ensino secundário, apenas “um número reduzido de oito municípios teve variações negativas” nos últimos dez anos, disse Fernando Casimiro.

Lisboa é a região do país com maior percentagem de licenciados (37%), seguindo-se a região do Norte (30%) e o Centro (19,6%). Os números hoje divulgados confirmam os resultados preliminares já apresentados este ano e revelam que a população residente aumentou cerca de dois por cento nos últimos dez anos, sendo que no passado dia 21 de março (momento censitário) viviam no país 10.561.614 pessoas. O crescimento registado deve-se principalmente ao saldo migratório (91 por cento). O envelhecimento da população é justificado por um aumento da população mais velha e uma redução de jovens no país.

Fonte: http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=2171235

Nota: Confesso que tive dúvidas em colocar esta notícia, pois em termos de quantidade é inegável o crescimento, mas temo pela qualidade que me levanta grandes dúvidas. Não nos pudemos esquecer, no entanto que duas das melhores universidades da Europa são em Portugal.
Rui Taborda

Comments

  1. Rui Taborda says:

    Confesso que tive dúvidas em colocar esta notícia. Se, em termos de quantidade, é inegável o crescimento, a qualidade levanta grandes dúvidas.

    Não nos pudemos esquecer, no entanto, que duas das melhores universidades da Europa são em Portugal.

    Rui Taborda

Deixe uma resposta para Rui Taborda Cancelar resposta